segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

O Talento Brasileiro e a Europa

Em que, nós brasileiros, nos diferenciamos ao se falar de futebol? Habilidade, técnica, inteligência, perspicácia? Acho que tudo isso e um pouco mais! Basta observarmos a quantidade avassaladora de jogadores que são exportados a cada semestre para a Europa e alguns outros países que estão fora do eixo tradicional do futebol. Isso não é ruim para um jovem que almeja um futuro melhor para si e sua família. Considero louvável o vislumbrar de um futuro melhor para qualquer ser humano, longe de mim afirmar o contrário. Mas, e o futebol brasileiro? Sua qualidade será alterada? As influências que nossos jovens sofrerão lá "nas Europa", será frutífera ou muito pelo contrário? Preocupo-me muito com estas questões. Percebo que temos sinais claros de alteração do perfil do jogador brasileiro. Valoriza-se muito atualmente o jogador-soldado, atleta com 2 metros de altura, que aguente muitas pancadas sem cair e que as vezes saiba sair jogando com a bola no chão. A imprensa brasileira, pelo menos aqueles que admiram o futebol que possua um mínimo de qualidade, afirma categoricamente que há escassez de meia esquerda nos campos. Concordo que a pressão que os treinadores vém sofrendo para ganhar, ganhar e ganhar está transformando nosso futebol ,no antigo futebol europeu: o futebol do chuveirinho. O time está com problemas durante os 90 minutos? Chuveirinho na área. Vide um time que ultimamente está levantando taças sem parar. Futebol de resultado, pragmatismo, mas futebol mesmo, deixa muito a desejar. Sou a favor ,(apenas um devaneio mental) que apareça um cidadão ousado que tenha na mente aquelas imagens lá do passado, onde nossa habilidade fazia a diferença. Ganhávamos porque fazíamos o que os gringos não esperavam e justamente daí gerávamos nossas vitórias. Esse cidadão ousado criaria uma escola específica para formação de jogadores especialistas em desconsertar defesas, fazer o imprevisível, ao invés de dar um chutão, chutar colocado e surpreender a todos e principalmente o goal-keeper. Parece loucura mas não é. Devemos apostar naquilo que é nosso forte e nos faz exportadores de jogadores de todas as idades para todas as partes do mundo. É muito bom ir para outro país e realizar a independência financeira. Não podemos é importar o jeito cintura dura de se jogar futebol e achar que é normal. Portanto, deixo aqui o convite para aquele cidadão que quer manter o jeito brasileiro de se diferenciar de qualquer outro povo no momento que adentra as quatro linhas do campo de futebol.